Quando já não tinha espaço pequena fui

       Não me reconheço. Não me reconheço mais. Hoje fui na casa da minha mãe e em três momentos me peguei dançando e cantando música sertaneja sozinha, como já não faço há muito tempo. Para ser sincera me estranhei, foi uma alegria repentina, que me fez lembrar de alguém que eu já não sou, pelo menos por enquanto.
       É tudo tão confuso, esse texto me lembra meus 12 anos e meu diário, mas foda-se, acho que só eu leio esse blog mesmo. Esse é o retrato de um final de semana médio para ruim onde eu não consigo nem identificar o que estou sentido. As vezes coloco toda a culpa na depressão, ou seja, em mim mesma, às vezes coloco só em mim. É tão difícil conseguir se reencontrar sem nem ao menos saber para onde se está indo. Talvez seja um caso para Deus. Talvez Ele seja a solução. Talvez a solução sejam os remédios e exercício físico.
       20:49, amanhã é segunda-feira, não sei se estou vivendo ou apenas existindo. Queria voltar para a barriga da minha mãe, a psicóloga disse que isso é a morte, o psiquiatra que eu vou melhorar daqui 3 meses. Estou escrevendo porque Martha Medeiros lançou um canal no YouTube e em seu segundo vídeo instiga aos “leitores” que escrevam. Aqui estou. Tentando me entender em algo que não faço há algum tempo.
      Ame as pessoas, abrace e diga o quanto estão lindas! Mesmo que nem estejam tanto. Essas são as únicas coisas que realmente importam: amar, abraçar, fazer alguém feliz.