Quintane-se


Esta foi a primeira frase que eu li ao clicar em um grupo desses recomendado pelo Facebook. Meu chão desmoronou. Aquele grupo parecia tão aleatório e ao mesmo tempo tão chamativo. 
Pode parecer bobagem que eu tenha me sentido tão atraída por um anúncio no Facebook. É provável que esse seja só mais um daqueles textos pra eu colocar meus pensamentos no lugar – o que deveria fazer mais vezes.

Sem dúvidas eu escrevi em diversos outros textos por aqui sobre como eu já fui vista como “a pessoa mais próxima do amor que ele já conheceu”, é, eu escutei isso por longos 3 anos. E depois... depois eu passei a escutar que o mundo não era como eu enxergava, que eu deveria crescer, amadurecer, ver diferente, me tocar... e, pior do que ouvir, eu acreditei! 

Acreditei que o mundo não era tão lindo quanto eu costumava ver. Passei a agradecer menos, a me fechar mais, a desacreditar na beleza das coisas simples que me tocavam tanto. Deixei de ver graça numa noite estrelada. Na verdade fiz dela um teto para noites de crise. Um teto vazio. Deixei de olhar as flores com a mesma emoção, de cantar as músicas que falavam daquele amor que todo mundo quer viver. Deixei de abraçar da mesma maneira. Tirei a cor da minha vida inteiramente por culpa minha, por achar que o olhar do outro era o certo. Por deixar de me guiar pelos meus sentimentos e cair num barco afundando em alto-mar.

Me desconectei das coisas pequenas que sempre me deram tanta paz. Como escrever, jogar xadrez, apreciar uma boa paisagem, tirar os chinelos e sentir a grama ou ficar feliz por escutar um passarinho.

Eu não sou a Ingrid de antes. Mas talvez tenha que voltar a ver a vida com o meu olhar e a única coisa que tem dentro de mim: amor.